
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) a dependência química é uma doença crônica, ou seja, é uma doença que não é tratada em curto tempo e necessita de atenção.
Esta patologia pode acarretar problemas familiares, sociais e profissionais, interferindo fisicamente e emocionalmente.
A falta de apoio leva o dependente ao isolamento e o desencoraja a procurar ajuda, agravando o caso. Por isso, procurar ajuda profissional é de suma importância e deve ocorrer o quanto antes.
Os tratamentos em clínicas de reabilitação têm se mostrado eficientes. A internação deve ocorrer quando o indivíduo não consegue tomar decisões e cuidar de si mesmo.
O primeiro passo para o dependente iniciar sua reinserção social é a suspensão do uso da droga, que pode levar de um a cinco anos.
Um dependente químico precisa ficar internado em torno de 150 a 180 dias. O período de internação é definido de acordo com a evolução do paciente em cada fase do tratamento, que é individualizado.
Fases do tratamento de dependência química
Desintoxicação
A primeira etapa do tratamento é a desintoxicação das substâncias químicas, levando a redução dos sintomas de abstinência. Esta fase é delicada, pois o dependente está acostumado com os efeitos e com o uso frequente da droga.
Para obter sucesso no início do tratamento, o paciente conta com o auxílio de psicólogos. As sessões de terapia levam o usuário a enfrentar a dependência de maneira responsável e com persistência.
Exames e consultas psiquiátricas também são importantes nesta fase do tratamento, pois analisam a saúde física e mental do paciente. Além disso, os resultados determinam o tratamento adequado para cada indivíduo.
Motivação e apoio
Em todas as fases do tratamento é essencial que o dependente não se sinta só. Ele irá passar por abstinência e poderá sentir que precisa consumir a droga novamente. Neste momento, é fundamental que ele receba motivação para não retroceder. O apoio da família e das pessoas mais próximas faz toda diferença.
A família deve olhar o usuário com olhos de compaixão e não de julgamento, pois ele precisa se sentir acolhido, amado e amparado para continuar com o tratamento. Mas, infelizmente, nem sempre é assim. Muitas famílias, por não saber lidar com a situação, optam por excluir o dependente do círculo familiar. Quando isso ocorre, é imprescindível que o sujeito se apegue a pessoa mais próxima.
Reabilitação
A etapa mais difícil de recuperação de um dependente químico é a reabilitação, pois demanda atenção, esforço e dedicação. Nesta fase o apoio familiar e de pessoas próximas é extremamente importante. O amparo de toda equipe da clínica também será de grande importância nesse momento, pois o paciente necessitará de suporte e precisará sentir que o tratamento está evoluindo.
No período da reabilitação, o paciente terá que cumprir todas as atividades estabelecidas pelos profissionais da clínica, que objetivam preparar o indivíduo para voltar às atividades do cotidiano, como: trabalho, estudo e momentos em família.
Manutenção
A dependência química é uma doença que não tem cura. O tratamento objetiva dar autonomia para o paciente, a fim de que ele consiga controlar o desejo de utilizar a substância química. Essa dependência é fruto de diversos fatores, sendo o principal a alteração de algumas células do organismo.
Sendo assim, por mais que o indivíduo passe anos sem consumir a droga, ao utiliza-la novamente não irá conseguir se controlar. Uma pequena dose é o suficiente para a regressão.
A fase da manutenção, ou de acompanhamento, previne situações assim. Nela, os pacientes são orientados a evitar ambientes propícios ao consumo de drogas. Eles também são aconselhados a procurar ajuda, caso haja recaídas.
Como proceder para internar um dependente químico?
Para internar um dependente químico é necessário que o usuário e/ou a família procure uma clínica de reabilitação. Em alguns casos a internação é compulsória, ou seja, é realizada contra a vontade do paciente. Neste caso, deve-se procurar apoio judicial.
A internação de um dependente químico compulsoriamente está prevista na Lei Federal de Psiquiatria nº 10.216/2001 e deve ocorrer quando o usuário oferece risco à sua própria vida.
A CT Nova Aurora oferece internação voluntaria e involuntária, além de contar com uma equipe completa, composta por médico psiquiatra, psicólogos, enfermeiros e nutricionistas.